quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Liberou Geral

          Ao nomear Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho, Temer demonstra mais uma vez sua total falta de critérios na escolha de seus Ministros.
          Na verdade a nomeação foi feita por Roberto Jeferson, pai da futura ministra.
          Jeferson, delator do mensalão, que só o fez por sentir-se prejudicado na partilha é um conhecido corrupto, oportunista e um hábil negociador para negócios escusos.
          Não deve causar espécie a ninguém se forem nomeados piromaníacos para corpo de bombeiros ou pedófilos para escolas infantis.
         Jeferson  só está solto porque o judiciário o mandou para casa baseado  em laudos médicos aceitos sem maiores contestações.
         Estes laudos afirmavam que Jeferson estava doente em estado terminal.
         O Judiciário acolheu prontamente estas informações, numa clara  proteção aos do andar de cima, comportamento usual das classes dominantes do país.
         Ao examinar todo o ministério de Temer, nenhum passaria, mesmo usando-se critérios menos
rígidos, para escolha dos mesmos.
         Temer ao escolher ministros com forte rejeição da opinião pública, demonstra uma enorme
incapacidade de gerenciar as necessidades do país.
         Mas olhando-se mais de perto, vê-se que somente pessoas deste nível, aceitariam participar deste governo.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

A volta do voto de cabresto, mas agora regiamente remunerado

      Nada mais emblemático na votação , que livrou Temer de responder por suas falcatruas, que tenha sido Paulo Maluf, o primeiro a proferir seu voto.
      Maluf, que a décadas debocha da justiça, como outras dezenas de políticos, votou conforme seu usual comportamento na vida pública.
      A opinião pública deve ter ficado estarrecida, com a grande galeria de figuras grotescas, que só denigrem uma das duas mais importantes casas legislativa da república.
      O desfile macabro prolongou-se por várias horas, trazendo ao povo brasileiro sentimentos, que talvez mesmo a rica língua portuguesa, não possam ser traduzidos com fidelidade.
       Muitos dos votantes, se estivéssemos num país razoavelmente sério, estariam presos.   
       O deputado Carlos Marum é o exemplo mais bem acabado do que são a maioria dos políticos que compõe aquela casa legislativa.
       Basta um colega se mostrar desonesto, oportunista, ladrão, o termo embora duro é pertinente, de verbas públicas, para que o mesmo saia ardorosamente em sua defesa.
       Remember Eduardo Cunha e outros.
       Muitos deputados desconhecidos do grande público, parece que escondidos nos vastos escaninhos do legislativo, proferiam seus votos com três ou quatro palavras com certo pudor e talvez algum resquício de dignidade, esperamos nós, por saberem estarem participando de uma farsa adredemente acertada.
     É bom lembrar que o Ministério Público e a Polícia Federal, foram extremamente condescendentes com Temer, ao não colherem depoimentos mais aprofundados do ex deputado Loures e do ex ministro Gedel.
     Os dois elementos sabidamente próximos a Temer, poderiam acrescentar  informações relevantes.
     Mas poe razões, que só o MP e a PF, poderiam explicar a opinião pública o porque da omissão.
Diante do fato consumado, a única certeza que assiste ao povo brasileiro é saber que continuarão, como no dizer de Chico Buarque:
      As "Tenebrosas Transações".
     Não agora nos porões, mas sob a luz do sol e diante de câmeras e microfones.
     As milhares, talvez milhões de palavras, usadas em discursos, jornais, revistas, rádios e TV, seriam
 absolutamente  desnecessárias se fosse acolhida com a clareza meridiana  que um singela, pequena
e poderosa frase contem em si própria:
           Tem que manter isso, viu!